segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pliometria


Atualmente o treino de força tem sido utilizado durante a fase de preparação especial em praticamente todos os esportes. A utilização dos exercícios resistidos surge, em parte, da necessidade de prevenir lesões decorrentes do treinamento ou competição, mas indubitavelmente sua maior aplicação está na necessidade de aprimoramento das capacidades musculares tais como: hipertrofia, força, velocidade, potência, etc. A pliometria é atualmente considerada o método mais eficiente para desenvolver e aprimorar determinadas valências físicas, tais como força, potência e velocidade. Esse método já é muito propagado mundialmente e faz parte do programa de treinamento de diversas modalidades esportivas, não só de esportes que utilizam saltos e arrancadas (voleibol, atletismo, futebol, lutas, etc), mas também de desportos cíclicos como ciclismo ou remo.O idealizador desse método foi o Professor Doutor Yury Verkhoshanski, uma das maiores autoridades mundiais em treinamento desportivo. Chamado por ele de método de choque, a pliometria surgiu no final dos anos 50 e rapidamente começou a ser difundida por todo mundo, uma vez que ótimos resultados haviam sido obtidos por Verkhoshanski, que na ocasião era o principal treinador de Moscou e da sociedade estudantil de atletismo russa.De acordo com Verkhoshanski, o método de choque (pliometria) é destinado ao desenvolvimento da força rápida e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular (VERKHOSHANSKI, 1998). O treinamento consiste em aprimorar a capacidade de realizar a reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica o mais rápido possível, possibilitando que os músculos aproveitem o potencial de tensão elástica da fase excêntrica e a somem à energia cinética da ação concêntrica, resultando em um aumento da capacidade de gerar força total. Em outras palavras, esse trabalho é caracterizado pelo estiramento rápido dos músculos colocados previamente em tensão, que desenvolvem um esforço potente e explosivo nesse momento. Existem várias formas de treinamento pliométrico, e o simples fato de saltar barreiras ou mesmo pular cordas pode ser considerado como pliometria. Entretanto os métodos mais conhecidos e eficientes são os saltos profundos e saltos com barra. O salto profundo consiste em cair de um banco ou plinto e saltar imediatamente, pode ser utilizado com o peso do próprio corpo e variando a altura do plinto, ou também com coletes para aumentar a carga. Salto com barra consiste em realizar saltos rápidos e consecutivos com uma barra nas costas. A pliometria é uma arma poderosa para desenvolver a potência muscular e pode ser engajada em qualquer modalidade que necessite de velocidade, força, explosão, saltos etc. Porém é importante salientar que existe o risco de lesões, e geralmente elas ocorrem pela falta de preparação muscular do desportista, volume de treinamento exagerado e uso de alturas de plintos incorretas ou mesmo pavimento e área de aterrisagem impróprios. Um estudo aprofundado do tema é necessário para poder prescrever de forma segura e eficiente um treinamento pliométrico.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Bandagem Funcional


A bandagem funcional é muito útil na prática fisioterapeutica, além de complementar diferentes abordagens de tratamento.
A bandagem funcional tem sido usada de varias formas como técnica de tratamento, mas somente nos últimos 20 anos tem sido usada, principalmente, como uma técnica de fisioterapia. Desde que Jenny McConnell(1986), começou a aplicar clinicamente as técnicas de bandagem, a quantidade de evidências que comprovam sua eficácia tem crescido substancialmente.
Novas técnicas de bandagem têm sido desenvolvidas, tais como: bandagem funcional, kinesio taping e outras técnicas na área desportiva.
A aplicabilidade clinica é muito ampla e pode ser usada no tratamento de disfunções neuro-musculoesqueléticasagudas e crônicas em todas as partes do corpo. Porém, deve-se ter em mente que a bandagem faz parte de um programa geral de reabilitação, não o substituindo.
Muitos atletas e fisioterapeutas desportivos usam a bandagem, não só como tratamento, mas como prevenção de lesões. É muito comum a aplicação da bandagem em atletas antes da atividade desportiva. A bandagem funcional, não é de uso exclusivo de atletas, mas para pessoas jovens e de idade avançada.
Como qualquer outra técnica de tratamento, o uso da bandagem somente será eficaz quando precedida por uma avaliação cuidadosa, por meio de raciocínio clinico e reavaliações contínuas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Enfisema Pulmonar




O Enfisema Pulmonar é definido como uma distensão anormal dos espaços aéreos distal dos bronquíolos , com destruição dos septos alveolares. Este é o estágio final de um processo que progrediu lentamente por muitos anos. Na realidade, no momento em que o paciente desenvolve os sintomas, a função pulmonar está com freqüência , comprometida de maneira irreversível. Juntamente com a bronquite obstrutiva crônica, constitui a principal causa de incapacidade. Fumar cigarros constitui a principal causa de enfisema . Em uma pequena percentagem de pacientes, no entanto, existe uma predisposição familiar ao enfisema, associada a uma anormalidade protéica plasmática , uma deficiência de __-antitripsina , que é um inibidor de enzima. Sem isto, certas enzimas destroem o tecido pulmonar. A pessoa geneticamente susceptível é sensível aos fatores ambientais: fumaça, poluição aérea, agentes infecciosos, alérgenos, e, com o tempo, desenvolvem sintomas obstrutivos crônicos. É imperativo que portadores deste defeito genético sejam identificados para permitir que os fatores ambientais sejam modificados para retardar ou prevenir sintomas francos da doença. O aconselhamento genético também deve ser oferecido.
Fisiopatologia

No enfisema, existem vários fatores que causam obstrução das vias aéreas, a saber:
· inflamação e edema dos brônquios;
· produção excessiva de muco;
· perda da elasticidade das vias aéreas;
· colapso dos bronquíolos
· redistribuição do ar para os alveolos funcionais.
O tratamento medicamentoso trás resultados positivos porém, o tratamento fisioterápico tem mostrado bons resultados proporcionando uma melhor condição de vida ao paciente enfisematoso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A "cura" da fibromialgia

Recentemente, foi veiculado, em programa de alcance nacional, um tratamento baseado nos princípios da medicina ortomolecular para a "cura da fibromialgia". O tratamento baseado em soros para "matar" os micro-organismos que causariam a fibromialgia, duraria três meses e custaria cinco mil reais. Associado a isso, um programa de musculação para transformar as fibras 2b em 2a.Tive a oportunidade de assistir à matéria e gostaria de fazer alguns comentários:
1) A medicina ortomolecular não é baseada em evidências científicas, e por esse motivo não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como especialidade médica.
2) Não existe nenhuma evidência científica que a fibromialgia é causada por micro-organismos. Isto é uma afirmação falsa.
3) A musculação pode ser útil na fibromialgia, mas não para a transformação de fibras musculares e sim por que toda a atividade física é importante no tratamento da fibromialgia.
4) Infelizmente não existe uma cura para a fibromialgia - a Medicina séria e científica não esconderia este fato do público, e sim trabalharia para ampliar o acesso a esse tratamento para todos os pacientes, inclusive pelo SUS e GRATUITAMENTE.
Eduardo S. Paiva Reumatologista - Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR

O que é a fibromialgia ?

O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”. Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento. A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados. Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor. Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dores nas costas antecedem hérnia de disco em dez anos em 76% dos casos

Presente em 80% da população mundial adulta, a lombalgia - ou dor nas costas - precede a hérnia de disco em dez anos.

Embora não seja mortal, a hérnia pode levar indivíduos ativos a se aposentarem por invalidez, sendo as causas multifatoriais, como permanecer sentado por longas horas e o comportamento sedentário. Devido à repercussão econômica causada pelas lombalgias e hérnias de disco, elas se tornaram a primeira causa de pagamento de auxílio doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez. Por isso, os especialistas recomendam que as pessoas fiquem alertas às dores nas costas. "A idade média para o aparecimento da primeira crise de dor é de aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente de dor lombar de uma década. Por causa da correria do dia a dia, má postura e sedentarismo, muitos brasileiros não se preocupam em fazer atividades físicas e cuidar da postura", explica o fisioterapeuta Helder Montenegro. O especialista explica que cerca de 30% a 40% das pessoas com lombalgia apresentam, de forma assintomática, hérnia de disco lombar, e de 2% a 3% já estão acometidas pelo sintoma desta patologia, cuja prevalência acima dos 35 anos é de 4,8% entre os homens e 2,5% entre as mulheres. Atingindo cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, o problema é consequência do desgaste da estrutura entre as vértebras que, na prática, funcionam como "amortecedores" naturais do impacto entre elas. Desta forma, a estrutura se desloca e comprime os nervos da região. Apesar de muitos considerarem apenas a cirurgia quando há uma crise, muitas pesquisas têm apontado tratamento convencional e exercícios físicos como solução para cerca de 90% dos casos, segundo os especialistas. De acordo com Montenegro, uma combinação de fisioterapia com exercícios de fortalecimento dos músculos posturais, incluindo musculação e pilates, pode ser benéfica para esses pacientes.
fonte:
http://boasaude.uol.com.br

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Entorse de tornozelo

Etiologia
A combinação de velocidade e inércia, em terrenos irregulares como o campo, faz predominar as entorses de tornozelo em atletas de futebol. Embora haja um contato físico constante entre os atletas durante a atividade esportiva, as entorses laterais na maioria dos atletas, ocorrem de forma indireta(65%) que comprova que com um treinamento físico mais adequado e atuação preventiva diante das estatísticas apresentadas, há uma tendência de diminuir esse índice de lesões. Fatores de risco:
Fatores Intrínsecos: a) Dano prévio: lesões mal tratadas que podem levar á frouxidão ligamentar e déficit proprioceptivo, com conseqüente diminuição da força muscular levando á recidivas. b) Instabilidade: aumenta o risco de lesão em atletas com instabilidade patológica persistente.
c) Desequilíbrio de força muscular: medido pela relação de inversão elevada sobre a eversão, ou da flexão plantar sobre uma dorsiflexão pela maior potência da cadeia muscular posterior da perna sobre a anterior, determinando desequilíbrio.
d) Flexibilidade diminuída ou tensão do músculo: musculatura pobre em alongamento gera tensão, e associado á deficiência de habilidade motora dos movimentos da atividade esportiva á ser realizada predispõe á possíveis danos pelo tempo de reação especialmente longo.
Fatores Extrínsecos: a) Carga, intensidade e nível de treinamento: quando um destes itens é aplicado ao atleta acima do que ele pode suportar, não respeitando o seu limite biológico, torna-o susceptível á lesão.
b) Calçado: usando o exemplo do futebol, a relação chuteira- superfície- chuteiras de trava alta(alumínio) usada em gramados secos ou baixo, assim como chuteira de trava baixa(borracha) em campos de grama alta, combinados em fatores de tempo e temperatura(chuva),aumentam a instabilidade e diminuem o equilíbrio do atleta. Atletas que usam chuteiras de trava baixa apresentam um número significativamente menor de lesões no tornozelo, comparado ao que usam chuteiras de trava alta, pelo fato das chuteiras de trava baixa possuírem 13 apoios com altura entre 6 a 7 mm, trazendo maior estabilidade ao atleta, diferentemente das de trava alta, que oferecem apenas 6 apoios com altura média de 1,5 cm gerando aumento da instabilidade na articulação.

Incidência
A alta incidência das entorses de tornozelo nas práticas desportivas resulta da quebra de um movimento mediante ao papel que este desempenha com pivô na ação de correr e na necessidade de ser estável para exercer base de apoio das extremidades inferiores para correr, saltar e brecar o movimento. A entorse de tornozelo com índice de 13,6% ocupa o terceiro lugar após as lesões musculares(31,9%) e entorses de joelho(22%).
A prevalência quanto ao grau mostra que 70% ocorrem em grau I, 28,4% em grau II. Os atletas retornam ás práticas esportivas: 49% em até sete dias, 46% entre sete e trinta dias e 5% após trinta dias devido á cirurgia em grau III.
(Alcaide AR, Jr PEP. Entorse de tornozelo Rev. Fisio & Terapia 2004; 3(45): 27-30).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hoje é o dia mundial da saúde

"1000 Cidades, 1000 Dias" é o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a campanha do Dia Mundial da Saúde 2010, que se comemora no dia 7 de Abril.
O Dia Mundial da Saúde 2010 incidirá sobre urbanização e saúde. Com a campanha "1000 cidades - 1000 vidas", serão organizados eventos em todo o mundo, durante a semana de 7 a 11 de abril, convidando as cidades a disponibilizar espaços para atividades de saúde.
O tema escolhido para este ano destaca o efeito da urbanização sobre a saúde coletiva, a nível global, e para cada um de nós individualmente.
São objetivos globais da campanha:
1000 cidades: abrir espaços públicos para a saúde, quer se trate de atividades em parques, campanhas de limpeza ou fecho de vias a veículos motorizados.
1000 vidas: mostrar 1000 histórias de campeões de saúde urbana, que tomaram medidas com impacto significativo na saúde das suas cidades.
O Dia Mundial da Saúde, comemorado a 7 de Abril desde 1950, celebra a criação da OMS, em 1948.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Feevale é a mais nova universidade do Brasil

Portaria do Ministério da Educação foi publicada nesta segunda-feira, dia 5, no Diário Oficial da União.
Nesta segunda-feira, 5 de abril, data em que Novo Hamburgo comemorou seus 83 anos de emancipação política, foi publicada, no Diário Oficial da União, uma portaria do Ministério da Educação, credenciando o Centro Universitário Feevale como universidade. A notícia era aguardada pela comunidade acadêmica e pelo município há pelo menos cinco anos. O presidente da Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur), mantenedora da Feevale, Argemi Machado de Oliveira, recebeu a notícia com grande satisfação. "A comunidade da região está de parabéns por mais uma conquista conseguida através do trabalho e da perseverança desta gente. Novo Hamburgo, em especial, teve um algo a mais a comemorar no dia 5 de abril. Queremos também, neste momento, agradecer aos funcionários e professores da Feevale e lembrar todos aqueles que anonimamente, ao longo dos 40 anos da Aspeur, deram sua contribuição e dedicação a essa instituição comunitária", afirma. O reitor Ramon Fernando da Cunha diz que este é um momento extremamente gratificante, pois representa o resultado de uma luta intensa, que teve início em 1969, quando um grupo de pessoas se reuniu para buscar o atendimento de uma demanda da comunidade da região. "É uma antiga aspiração que se concretiza, afinal, a Feevale já nasceu com o propósito de ser universidade, e hoje conquista o que aquelas pessoas almejaram, há 40 anos", ressalta.

Crioterapia

A crioterapia é um método utilizado há mais de 100 anos para o tratamento das diversas patologias devido a sua fácil acessibilidade e seus efeitos benéficos. O resfriamento local e a diminuição do metabolismo celular induzem à menor taxa de oxigênio (O2) celular, assim resistindo mais à isquemia, evitando a hipóxia secundária, e por conseqüência, a morte celular.
Crioterapia significa “terapia com frio”. Qualquer uso ou aplicação de frio para fins terapêuticos que resulte na remoção do calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos é dito crioterapia.
Na história o uso desta técnica começou a ser utilizada na época a.C pelos gregos e romanos que usavam neve e gelo natural para tratar problemas médicos. As primeiras publicações sobre crioterapia foram livros e artigos, no ano de 1800. Por ser um conceito novo, complexo e mal compreendido, somente nos anos 50 o frio tem sido parte do tratamento das lesões desportivas. Nas décadas de 1970,1980 e 1990, as pesquisas laboratoriais e clínicas ajudaram a aprimorar as justificativas para a aplicação da crioterapia, diminuindo um pouco a confusão.
Efeitos Fisiológicos da Crioterapia:
- Diminuição da temperatura
- Diminuição do metabolismo
- Efeitos inflamatórios (diminuição ou aumento)
- Efeitos circulatórios (diminuição ou aumento)
- Diminuição da dor
- Diminuição do espasmo muscular
- Aumento da rigidez tecidual
Se o resfriamento dos tecidos for muito intenso (-20º C a -70º C), os mesmos podem ser destruídos. Na medicina esportiva o resfriamento é superficial de 1º C a 10º C. A literatura é confusa quanto aos efeitos circulatórios nas aplicações de frio, há relatos que o frio aumenta o fluxo sanguíneo e outros dizendo que diminuem. Nem todos os efeitos da crioterapia são benéficos no tratamento das lesões, então não sendo bem aplicadas podem ser prejudiciais.
O tempo de aplicação da crioterapia varia entre 20- 30 minutos, dependendo da sensibilidade da pele da pessoa. É recomendável enrolar o saco de gelo em um pano ou toalha para evitar queimaduras.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fisioterapia de LUTO, morre o criador do conceito Maitland


Em 22 de janeiro de 2010 morre em Adelaide-Austrália, Geoff Maitland. Criador do “Conceito Maitland”, foi um dos grande responsáveis para o desenvolvimento da Fisioterapia Manual. A abordagem de sua técnica surgiu na Austrália na década de 60, tendo se espalhado pelo resto do mundo, formando a base da fisioterapia manual.
O conceito que Geoff Maitland introduziu é baseado em observações clínicas que surgiram como resultado de uma abordagem sistemática no exame e tratamento dos sinais e sintomas presentes no paciente. Essa abordagem sistemática envolve a avaliação dos sinais e sintomas clínicos do paciente e a avaliação que os efeitos das técnicas de tratamento tem sobre esses sinais e sintomas. Já que o valor de uma técnica nos sinais e sintomas presentes podem ser avaliados, o fisioterapeuta é possuidora da capacidade de escolher a técnica de tratamento mais eficiente. Segundo Geoff "A abordagem prática para o uso da manipulação é relacionar o tratamento para os sintomas do paciente e sinais ao invés de diagnóstico" e que "... ... .... É muitas vezes impossível saber o que a patologia é na verdade ... ... ... .. sinais e sintomas [de uma lesão do disco], podem variar amplamente e exigem tratamentos diferentes ".Grande parte da importância do conceito reside na avaliação manual dos movimentos fisiológicos (osteocinemáticos) e acessórios (artrocinemáticos) articulares.
Em 1965, ele executou seu primeiro curso de 3 meses sobre "Manipulação da Coluna", baseado na Austrália do Sul Instituto de Tecnologia em Adelaide. Em 1974 este curso desenvolvido em um ano pós-graduação em Fisioterapia Manipulativa e, posteriormente, tornou-se um curso de mestrado.
Sem dúvida alguma, Maitland deixou um grande legado para a Fisioterapia Manual, contribuindo de forma inestimável para o que é hoje.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O que é a Osteopatia?



A Osteopatia é uma terapia recente que surgiu nos EUA através do Dr. Andrew Taylor Still (1828-1917) que enunciou os princípios desta terapêutica da medicina natural.
Etimologicamente Osteopatia provém dos termos gregos Ostión (osso) e Pathos (efeitos que vêm do interior) cujo inverso é Ethos como simpatia e não como patologia médica que é o resultado das doenças. Por conseguinte, Osteopatia é uma denominação correcta que indica a influência da doença, as suas causas e os seus tratamentos manuais, e não uma lesão local de um determinado osso. A Osteopatia estuda os efeitos internos que vêm da estrutura.
A Osteopatia deve ser desmistificada, estar baseada na Anatomia, Fisiologia e Semiologia. Não deve ser esotérica mas sim cartesiana, tanto quanto possível.
Não existem receitas. O tratamento é baseado num exame clínico. Um diagnóstico Osteopático deve conduzir a um Acto terapêutico Osteopático. Através de técnicas manuais tem como objectivo restabelecer a mobilidade perdida e dar equilíbrio ao sistema musculoesquelético, sacro-cranial e visceral, mantendo a elasticidade do tecido conjuntivo em todos os seus sistemas.
Qualquer mudança na mobilidade do aparelho locomotor no sentido da hipo ou hiper mobilidade conduz a um transtorno funcional que, por sua vez, pode dar lugar a um quadro “patológico”.

A Osteopatia abarca três grandes ramos: estrutural, cranial e visceral.

O que é o Coração de Atleta? É perigoso?



Em fins do século XlX, observações biológicas concluíram que corações de animais selvagens eram mais pesados do que os corações dos animais da mesma espécie porém domésticos (cachorro do mato x cachorro doméstico da mesma raça). Este fato sugeriu que a vida fisicamente mais ativa tornava o coração maior. Na primeira olimpíada moderna em fins de século XIX (1896) um médico alemão constatou que atletas esquiadores na neve de montanha, tinham corações maiores do que dos não atletas. Mesmo com a medicina evoluindo, apenas nos últimos anos começou a ser descrito o que seria um coração de atleta e mais recentemente suas características fisiológicas. Ainda assim alguns detalhes causam perplexidade em médicos não especialistas em exercício e esportes que chegam a confundir essas características com doenças cardíacas. Para melhor esclarecer vocês podemos descrevê-las: 1. Bradicardia (freqüência cardíaca menor que 60 por minuto) é muito comum em atletas bem condicionados, principalmente de modalidade esportiva de alta performance ou resistência (triathlo, maratona); 2. Cardiomegalia (crescimento do coração em tamanho e peso) menos freqüente que se imaginava; 3. Alguns tipos de sopros cardíacos considerados benignos; 4. Várias alterações do eletrocardiograma, do raio-x do coração e do ecocardiograma. Essas alterações ocorrem em atletas que trabalham intensamente por longos períodos e são reversíveis quando abandonam os treinamentos e competições. A diferenciação do que é fisiológico do que é patológico deu origem ao setor da Medicina hoje estruturado como Cardiologia do Exercício e do Esporte, onde se avalia e se investiga das alterações encontradas nos atletas. Portanto ser portador de Coração de atleta, indica que seu aparelho cardiovascular fez as adaptações do coração à atividade esportiva intensa, não significa doença atual ou futura, apenas como rotina deve-se realizar avaliações semestrais para acompanhar essa alterações benignas na maior parte das vezes. No entanto existe um número de atletas com doenças cardíacas ao redor de 8%, mas que se beneficiaram com tratamentos, inclusive cirúrgicos, posso afirmar que os afastados definitivamente foram em número bem menor. Atualmente alguns estão em acompanhamento cardiológico, mas participando de competições sem correrem maiores riscos. Gostaria de lembrar que hoje é muito fácil resolver a maioria dos casos, o que deve ser lembrado é que se deve fazer o exame médico cardiovascular de rotina, antes de participar de atividades físicas e competições.

Fisioterapia pode reduzir risco de depressão pós-parto


A depressão pós-parto prejudica tanto a mãe quanto o bebê. Apesar de raro, um dos riscos é o de a mulher chegar a matar a criança. Os mais comuns, por sua vez, são dificuldades para amamentar e cuidar dos pequenos, que dependem disso para o desenvolvimento. E, de acordo com um estudo divulgado na publicação Physical Therapy, da Associação Americana de Fisioterapia, um programa de exercícios fisioterápicos e educação sobre saúde pode reduzir as chances de desenvolver o problema.
Para chegar a essa conclusão, Maria P. Galea, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e seus colegas contaram com 161 mulheres que deram à luz no Hospital Angliss, também na Austrália. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos.
O primeiro era composto por 62 delas, que se comprometeram a fazer com seus bebês, uma vez por semana durante dois meses, exercícios físicos orientados por um fisioterapeuta, além de cumprir 30 minutos de aula de educação parental com profissionais da saúde. O segundo, com 73 voluntárias, recebeu apenas o material escrito de educação. O último, com 26, não teve qualquer intervenção.
Todas as mulheres foram avaliadas no início do projeto, após oito semanas e, então, quatro semanas mais tarde. Tiveram de responder questionários sobre bem-estar, depressão e quantidade de exercícios físicos.
Segundo o site Science Daily, os resultados indicam que houve melhoras significativas no bem-estar e de sintomas depressivos até o fim das análises no primeiro grupo em comparação com os outros. O número de pacientes identificadas com chance de ter depressão pós-parto foi reduzido em 50%.