quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fratura por avulsão da região pélvica

O que é uma fratura por avulsão da região pélvica?

Existem vários músculos na coxa que se conectam com várias partes da pélvis. Uma fratura por avulsão ocorre quando um tendão que conecta um músculo a um osso arranca parte dele.


Como ocorre?

Pode ocorrer após uma forte e repentina contração do músculo. É freqüentemente vista em atletas com músculos fortes e pouco alongados.
A fratura por avulsão pode acontecer em qualquer região do osso pélvico que exista um tendão.

Quais são os sintomas?

Dor na região onde os músculos se inserem no osso. Poderá haver sensibilidade e edema.

Como é diagnosticada?

O médico revisará os sintomas e examinará a região lesionada. O médico poderá pedir um raio-x, que provavelmente mostrará um pedaço de osso arrancado da região de conexão na pelve.

Como é tratada?

As fraturas por avulsão requerem repouso. Geralmente elas se curam com 4 a 6 semanas de repouso. Talvez seja necessário utilizar as muletas grande parte do tempo.

Se o fragmento ósseo for grande ou tiver sido arrancado a uma grande distância da sua região de conexão, pode ser necessária uma cirurgia.

Logo que a lesão ocorre, deve-se colocar gelo sobre a área por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem gelo, esse ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça.

O médico poderá prescrever medicamento antiinflamatório.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível.

O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando o paciente:

• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada.

• Possuir total força da perna lesionada, em comparação a não lesionada.

• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.

• Puder correr a toda velocidade em linha reta, sem sentir dor ou mancar.

• Puder fazer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder fazer o “8” com 18 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder fazer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder fazer o “8” com 9 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitar a prevenir a fratura por avulsão da região pélvica ?

Uma vez que músculos tensos são a principal causa das fraturas avulsivas, é de extrema importância manter um bom alongamento, para evitar que essas lesões voltem a ocorrer, e aquecer antes das atividades físicas.


domingo, 12 de setembro de 2010

Osteoporose

A osteoporose é a diminuição da massa óssea. Apesar do osso ser um tecido vivo que se renova permanentemente durante toda a vida, se a pessoa tiver pouca atividade física ou ingerir pouco cálcio durante as primeiras décadas de sua vida, tem o risco de desenvolver osteoporose aumentado. Durante as primeiras décadas de vida, predomina a formação óssea e por último a atividade de reabsorção óssea, de tal forma que a massa óssea começa a declinar vagarosamente a partir dos cinqüenta anos de idade para a maioria das pessoas. Com o passar dos anos, todos os ossos do nosso corpo são totalmente renovados e o cálcio é fundamental para o crescimento dos ossos e dentes,. Todos os dias o nosso organismo recebe cálcio dos alimentos ingeridos e perde cálcio através da urina. Se sai mais cálcio do que entra, o organismo retira cálcio dos ossos, para poder manter o nível de cálcio circulando no sangue. Com a diminuição da massa óssea, mesmo em níveis que podem ser caracterizados como osteoporose, nem sempre acarreta problemas ou limita as atividades da pessoa. A osteoporose quase nunca dói, e quando acontece de doeré porque houve fratura ou uma patologia associada chamada de síndrome dolorosa miofascial ou a osteoartrose, comuns na idade mais avançada. Uma das conseqüências do envelhecimento é a perda gradual da massa óssea, que se torna mais frágil e as vezes diminui de tamanho. Por isso que algumas pessoas, quando se tornam idosas, diminuem de tamanho. A osteoporose somente passa a preocupar quando começam os riscos de fraturas. As mais comuns são as fraturas de punho, úmero (osso do braço que vai do ombro ao cotovelo), vértebras, costelas e, principalmente, a do colo do fêmur (osso único da coxa). As fraturas acabam complicando a saúde do idoso, metade das pessoas com fraturas de fêmur passam a ter limitações e até mesmo dificuldade de locomoção. Cerca de 40% dessas pessoas apresentam complicações circulatórias, troboembólicas, infecções respiratórias e desencadeamento do diabetes, que podem resultar na morte. A falta de prevenção da ostoporose deverá resultar em algum tipo de fratura para metade das mulheres ao redor dos 70 anos e para duas em cada três mulheres aos 80 anos de idade. As medidas preventivas compreendem a ingestão de quantidade adequada de cálcio, o exercício físico, a correção do hipoestrogenismo e o controle dos fatores que favorecem as fraturas.

Os fatores de risco são:

  1. história familiar de fratura;
  2. fumo;
  3. mais de duas doses de bebida alcoólica por dia;
  4. baixo peso e baixa estatura com ossatura delicada;
  5. sedentarismo;
  6. idade avançada;
  7. uso contínuo de certos medicamentos como: corticoesteróides, anticonvuldivantes,ou metotrexate;
  8. ingestão inadequada de cálcio;
  9. ser da raça branca ou asiática.
Como Prevenir a Osteoporose?

Quando a mulher se aproxima dos cinqüenta anos a produção de estrógeno diminui e a ovolução é interrompida. Com isso a mulher para de menstruar e algumas sentem dores de cabeça, dores pelo corpo, fadiga, ondas de calor, sudorese, secura vaginal, insônia, alteração do humor e aumenta a incidência de doenças coronarianas. Mas todas as mulheres tem perda de massa óssea em decorrência da queda dos níveis de estrógeno. Uma das soluções para esses casos é a reposição hormonal, que protege contra as doenças coronarianas, reduz o risco de câncer uterino e é a melhor forma de interromper a perda de massa óssea e prevenir a osteoporose da pós-menopausa. Mulheres que tiveram câncer de seio ou que tenham enxaqueca, diabetes ou asma podem ter problemas com reposição hormonal. Nem sempre a menopausa requer o uso de drogas. O exame que pode ser feito para medir o nível de perda da massa óssea é chamado de densitometria óssea e é indicado para as pessoas que apresentam pelo menos dois fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Nestes casos, a determinação da massa óssea é importante para auxiliar o tratamento. Para prevenir a osteoporose é preciso fazer uma prevenção na adolescência principalmente, para as mulheres. A quantidade de massa óssea que conseguimos juntar na adolescência fará com que no envelhecimento tenhamos maior resistência contra fraturas, por isso, é fundamental que a jovem seja orientada para uma dieta rica em cálcio, como também para atividades físicas regulares. Os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular três vezes por semana. O melhor é caminhar, correr dançar, jogar tênis, ou praticar esporte coletivo como futebol, voleibol, basquetebol. Para pessoas mais idosas o indicado é caminhar aproximadamente 40 minutos de preferência todos os dias, respeitando sempre os limites de cada um e o conselho do seu médico. Outro fator que auxilia no tratamento e na prevenção é a ingestão de alimentos com grandes quantidades de cálcio. Algumas das melhores fontes de cálcio são o leite e seus derivados, porém recomenda-se consumo moderado de laticínios devido a sua grande quantidade de gordura. Deve-se dar preferência aos desnatados que possuem o mesmo teor de cálcio dos integrais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Acidente Vascular Cerebral

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.
As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.
Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.

A definição de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionário Médico é uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003).
Acidente Vascular Cerebral é um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas. As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exacta da lesão (Sullivan, 1993).
O AVC é uma ameaça à qualidade de vida na velhice não só pela sua elevada incidência e mortalidade, mas também pela alta morbilidade que causa, implantando-se frequentemente em pessoas já com problemas físicos e/ou mentais (Resck, Botelho, Herculano, Namorato, Freire, 2004; William Pryse-Phillips, 1995). Também afecta na sua maioria aos idosos, mas existe uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorre em indivíduos abaixo dos 65 anos. É uma patologia que atinge mais a raça negra, especialmente a faixa etária mais jovem (Sullivan, 1993).

Fatores de Risco

Os estudos mostram que o grupo mais vulnerável a um AVC engloba homens, com mais de 55 anos e histórico familiar da doença. Além disso, os fatores de risco são praticamente os mesmos que estão por trás de um infarto:
• Pressão alta - este o mais importante fator de risco que pode ser modificado
• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.
• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas
• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro
• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.
• Colesterol alto - conhecido formador de placas
• Sedentarismo
• Obesidade

Sinais

Fique atento a estes sinais. Você deve correr para um hospital imediatamente à menor suspeita deles:
• falta de sensibilidade ou fraqueza que surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um lado só do corpo
• confusão repentina, problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com um dos olhos
• dificuldade de caminhar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
• forte dor de cabeça que surge de repente, sem causa aparente

Tratamento

Atualmente há drogas capazes de evitar a morte ou as seqüelas em quem sofre um AVC. Elas desfazem os coágulos e reestabelecem prontamente a circulação. O grave porém é que, para surtirem efeito, devem ser ingeridas no máximo três horas depois do início do ataque. Daí a importância de reconhecer os sintomas e correr para o hospital ao menor sinal deles. No caso dos hemorrágicos, os médicos lançam mão dos medicamentos para estancar o sangue e reduzir a inflamação que acontece logo depois. Dependendo da causa, pode ser necessário uma cirurgia para tratar um aneurisma ou eliminar um coágulo que tenha se formado com o derramamento de sangue.Além disso, a reabilitação é fundamental para a recuperação de um AVC. Ela deve começar ainda no hospital e se prolongar pelo tempo que for preciso. É ela que vai permitir reconquistar habilidades como falar, comer e até andar. Normalmente é feita por fisioterapeutas e fonoaudiólogos, mas há programas que incluem até equitação e atividades na água.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fibrose Cística

A Fibrose Cística, também conhecida como Mucoviscidose, é uma doença genética autossómica (não ligada ao cromossoma x) recessiva (que são necessários para se manifestar mutações nos 2 cromossomas do par afectado) causada por um distúrbio nas secreções de algumas glândulas, nomeadamente as glândulas exócrinas (glândulas produtoras de muco). O cromossoma afectado é o cromossoma 7, sendo este responsável pela produção de uma proteína que vai regular a passagem de cloro e de sódio pelas membranas celulares. A proteína afectada vais ser a CFTR (regulador de condutância transmembranar de fibrose cística). E tal como a proteína, o próprio canal de cloro vai sofrer uma mutação do qual vai resultar um transporte anormal de iões de cloro através dos ductos das células sudoríparas e da superfície epitelial das células da mucosa. (Fig. 3.1). Vai ocorrer então uma alteração no transporte dos iões de cloro através das glândulas exócrinas apicais, resultando dessa anormalidade, uma permeabilidade diminuída ao cloro, fazendo com que o muco da fibrose cística fique cerca de 30 a 60 vezes mais viscoso. A água por sua vez, como vai seguir o movimento do sódio de volta ao interior da célula, vai provocar um ressecamento do fluído extracelular que se encontra no interior do ducto da glândula exócrina. Embora o sistema de transporte mucociliar não se encontre afectado pela patologia, ele vai ser incapaz de transportar uma secreção assim tão viscosa. Devido a essa incapacidade vai haver uma maior acumulação de muco, conduzindo ao aumento do número de bactérias e fungos nas vias, o que vai ser muito prejudicial, podendo levar mesmo a uma infecção crónica nos pulmões. É uma situação grave que pode também afectar o aparelho digestivo e outras glândulas secretoras, causando danos a outros orgãos como o pâncreas, o fígado e o sistema reprodutor.

Nos pulmões, as secreções acabam por obstruir a passagem de ar, retendo bactérias, o que pode conduzir ao aparecimento de infecções respiratórias.

No tracto gastrointestinal, a falta de secreções adequadas compromete o processo digestivo, levando a uma má função intestinal devido a uma insufeciência pancreática. As secreções no pâncreas e nas glândulas dos intestinos são tão espessas e por vezes sólidas, que acabam por obstruir completamente a glândula.

As glândulas sudoríparas, as parótidas e as pequenas glândulas salivares segregam líquidos cujo teor em sal é superior ao normal.

A Fibrose Cística engloba-se num grupo de patologias denomiadas D.P.O.C (doença pulmonar obstrutiva crónica) que se caracterizam por haver uma obstrução crónica das vias aéreas, diminuindo a capacidade de ventilação.

Quando se utiliza o termo DPCO está-se a referir a todas as doenças pulmonares obstrutivas mais comuns como a bronquite crónica (tosse produtiva na maioria dos dias, por pelo menos 3 meses num ano), enfisema pulmonar (quando muitos alvéolos estão destruidos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado), asma brônquica e bronquietcasias.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cartilagem Articular


É uma estrutura resistente e elástica que recobre a superfície dos ossos que compõe uma articulação. Dependendo da articulação sua espessura varia de 0,9 mm a 5,0 mm e ela é tanto mais espessa quanto maior for a solicitação articular.
A cartilagem articular, também conhecida como cartilagem hialina (CH) tem uma composição bastante conhecida, sendo que os seus principais componentes são os colágenos, entre eles o tipo II, IX, e XI, responsáveis pela resistência da CH, os proteoglicanos principalmente as glicosaminas e condroitinas, responsáveis pela elasticidade da cartilagem articular, os condrócitos que são as células responsáveis pela formação de todos os elementos da CH. Todos estes elementos estão mergulhados em água, sendo ela responsável por 85 % do peso de uma cartilagem articular.
As funções principais da cartilagem articular estão relacionadas ao deslizamento das superfícies articulares entre si de uma maneira suave e sem atrito, ao suporte de pressões pelas articulações e a distribuição uniforme das pressões intra-articulares.
Biológicamente as CH não são vascularizadas, o que explica a sua incapacidade de cicatrização, e não são inervadas, daí serem estruturas indolores ao toque e/ou lesões anatômicas diversas.
As lesões traumáticas ou reumáticas sobre as cartilagens hialinas levam a uma diminuição da proteção do osso que se encontra sob ela (osso sub-condral), estrutura essa inervada e sensível a pressões e impactos, resultando em dor articular , limitação funcional e nos casos mais acentuados até a fusão dos ossos da articulação (anquilose) com perda total do movimento .
Lesões traumáticas de cartilagem hialina podem ocorrer em situações de fraturas articulares , micro traumas de repetição(esporte de grande impacto,desvios de eixo da articulação , obesidade etc.) ou mesmo sem causa conhecida como em algumas doenças próprias da CH como osteocondrite dissecante e necrose avascular.
Lesões reumáticas da CH ocorrem principalmente na osteoartrose e artrite reumatóide que podem ser explicadas por fatores mecânicos , genéticos, ou auto-imunes. Nestes casos tem uma evolução própria e quando não tratadas a tempo levam a sérias conseqüências com limitações funcionais importantes e perda da qualidade de vida dos pacientes.
Na articulação do joelho as lesões de cartilagem, também chamadas lesões condrais, podem ser causadas por qualquer uma das razões já citadas anteriormente, e o diagnóstico deste tipo de lesão é feito inicialmente por uma estória e exame clinico detalhados, pelo exame radiológico simples que nos casos mais avançados de lesão condral (osteoartrose), pode mostrar diminuição dos espaços articulares, desvios de eixo dos joelhos, áreas de cistos abaixo da cartilagem etc. Nas lesões condrais focais, pequenas ou decorrentes de patologias próprias da cartilagem, a ressonância nuclear magnética é o exame por imagem que melhor confirma o diagnóstico e principalmente orienta uma conduta terapêutica e o prognóstico da lesão.Uma vez feito o diagnóstico de uma lesão condral no joelho, o seu tratamento se impõe e deverá ser feito de acordo com a extensão da mesma. Nos casos de osteoartrose onde as lesões são extensas e completas o tratamento deve inicialmente ser conservador, através de antiinflamatórios e analgésicos, que podem ser de uso sistêmico ou local dependendo da resposta e gravidade da lesão e basicamente de medidas fisioterápicas que devem procurar aumentar o grau de movimento da articulação acometida através de exercícios de alongamento, melhorar o suporte muscular da articulação através de exercícios com carga moderada e principalmente orientação ao paciente quanto ao seu controle de peso e quanto as seus limites nas atividades físicas esportivas.
O tratamento cirúrgico para a artrose do joelho está reservado para os casos que são extremamente dolorosos e limitantes e não respondem ao tratamento conservador. Dois tipos de tratamento cirúrgico podem ser adotados: As osteotomias que visam corrigir o eixo do joelho e com isso distribuir melhor as cargas no mesmo, poupando a superfície articular lesada ou as artroplastias que visam substituir parcial (prótese unicompartimental) ou totalmente (prótese total) as superfícies articulares acometidas. Os três tipos de tratamento cirúrgico tem indicações precisas e específicas ficando a cargo do cirurgião do joelho a decisão final por um ou outro tipo de técnica.No caso de lesões condrais focais, pequenas e bem definidas é importante também o seu tratamento, pois podem evoluir para lesões extensas (osteoartrose) em curto espaço de tempo.
O tratamento medicamentoso para estas lesões é ainda duvidoso e se baseia no uso de suplementos alimentares (glicosaminas e condroitinas) associados a fisioterapia, sendo que o uso desta conduta é inconclusivo..Em casos selecionados se propõe o tratamento cirúrgico visando restaurar a cartilagem comprometida, e isso pode ser feito por microfraturas da área lesada, enxerto de tecido osteocondral para esta área ou mais modernamente pelo transplante de condrócitos retirados do próprio paciente, cultivo destas células em laboratórios de biologia celular, o seu enxerto na área a ser tratada. Todos estes procedimentos quando bem executados levam ao preenchimento da área lesada por um tecido com características biológicas inferiores a cartilagem normal, sendo que o transplante de condrócitos é o que resulta em um tecido mais próximo da cartilagem original.
Por sua importância como a responsável pela qualidade funcional de uma articulação durante toda a nossa vida é fundamental que se tenha um cuidado especial com a cartilagem articular, evitando-se grandes aumentos de peso corporal, praticando-se esportes dentro de um limite que não exceda a sua capacidade de amortecimento e que com o passar do tempo se adapte as atividades físicas ao envelhecimento fisiológico da articulação.

Fonte: www.grupodojoelho.com.br

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Lesões no Joelho

Conforme enquete realizada por este blog, 66% dos internautas responderam que o joelho é a articulação mais lesada durante suas práticas desportivas.

"O joelho é uma articulação de extrema importância, sendo composto pelos ossos da coxa (fêmur) e da perna (tíbia), além da patela (antigamente chamada de rótula). A junção desses ossos depende de estruturas de suporte, como ligamentos, a cápsula da articulação e os meniscos, que garantem a estabilidade da mesma".

As lesões de joelho são bastante comuns em indivíduos que praticam esportes, e que estão submetidos a exercícios que levam a impacto importante nessa articulação. O sofrimento crônico da articulação pode levar a dor, desgaste, problemas para andar, entre outros. Por isso, é importante que as pessoas que pretendem praticar exercícios procurem orientação médica/fisioterapêutica antes e durante essa prática, de forma a evitar complicações futuras.

Lesões de menisco

As lesões de menisco são raras na infância, ocorrendo principalmente no final da adolescência, com pico na terceira e quarta décadas de vida. A principal causa é o trauma ("acidentes agudos") da articulação, porém, após os 50 anos de vida deve-se principalmente a artrite do joelho. O menisco pode apresentar vários tipos de lesão: rupturas parcial, total e complexas. Além disso, a ruptura do menisco pode ocorrer sozinha ou associada à ruptura de ligamento.

O indivíduo, geralmente, conta uma história de queda, rotação do joelho ou outro trauma, sente dor no joelho, apresenta-se mancando e a articulação mostra crepitações (barulhos, estalos) e limitação do movimento (o joelho não consegue se mover em todas as direções na amplitude normal).

Nos casos de lesões leves e em que o paciente não está sentindo nenhum sintoma, não é necessária cirurgia. Já nos casos de dor persistente, pode ser realizado um exame chamado artroscopia. Nesse exame, um aparelho é introduzido na articulação e permite que o médico veja diretamente as lesões presentes. Durante o exame, pode ser feito o tratamento, com retirada da parte rompida do menisco. A recuperação total da função do joelho ocorre em 4-6 semanas.

As lesões de algumas partes do menisco não precisam ser retiradas, pois elas recebem bastante sangue da circulação, e isso facilita a cicatrização da ruptura. Já as grandes rupturas exigem o reparo. Em alguns casos, é necessário também a reconstrução de um ligamento do joelho, para ajudar na estabilização da articulação e impedir que o joelho adquira uma movimentação anormal.

Sabe-se que a retirada do menisco, em idade precoce, está associada a um risco maior de osteoartrite em idade mais jovem. Uma alternativa, que previne essa complicação, é o transplante de menisco, que leva a bons resultados. No futuro, outros tratamentos poderão permitir a regeneração do menisco.

Lesões de ligamentos

Os ligamentos trabalhem em conjunto com os meniscos, e freqüentemente nas lesões agudas, ocorre comprometimento de mais de uma estrutura. Nas lesões de ligamentos, podemos observar estiramento com ou sem instabilidade do joelho ou ruptura completa do mesmo.

Essas lesões acontecem muito comumente em atividades esportivas, quando o pé está fortemente apoiado no chão e a perna sofre uma rotação brusca. O indivíduo pode sentir o estiramento/ruptura do ligamento, e é incapaz de continuar a atividade que estava praticando. Alguns ligamentos são lesados mais freqüentemente do que outros, e cada um requer um tipo específico de tratamento.

O paciente apresenta forte dor e pode mostrar também espasmos musculares. Em alguns casos, há derramamento de sangue dentro do espaço da articulação, uma situação chamada hemartrose. O médico sempre deve pesquisar uma possível lesão de menisco associada. Existe também a possibilidade de o comprometimento do ligamento ser crônico e o indivíduo conta que o joelho às vezes não completa o movimento. Freqüentemente, nesses casos, esses pacientes não procuram o médico logo que os sintomas iniciam-se, mas quando surgem outros sintomas como fraqueza muscular e piora da capacidade para andar.

O tratamento indicado, como já dissemos, vai depender do ligamento lesado e da gravidade da lesão. Pode ser necessária reconstrução cirúrgica, especialmente em atletas. O processo de reabilitação, após a cirurgia, é de extrema importância para garantir a mobilidade completa da articulação. A grande maioria dos casos atinge recuperação completa ou quase completa da movimentação normal do joelho.

Deslocamento de patela

O deslocamento de patela é uma importante causa de hemartrose e deve sempre ser pesquisado nos casos de trauma agudo do joelho. Essa lesão ocorre quando o joelho está dobrado e a perna sofre uma força de "rotação para fora". É mais comum em mulheres, na segunda década de vida.

O indivíduo relata que a patela (rótula) deslocou "para fora", ou então pode falar que o restante do joelho deslocou "para dentro". Porém, geralmente, o deslocamento só é visualizado na hora em que ocorre, pois a redução (ou seja, a volta da patela para seu lugar normal) ocorre quando a pessoa estica a perna. Quando o médico examina o joelho, o paciente vai queixar dor e desconforto quando a patela é movimentada ou quando o joelho é dobrado.

Existem várias formas de tratamento para essa lesão, incluindo imobilização imediata associada a exercícios para fortalecimento muscular, imobilização com gesso por 6 semanas seguida de reabilitação, cirurgia, etc. É importante que se faça um estudo da presença de possíveis fatores predisponentes. Se o deslocamento ocorrer novamente, é necessário fazer um realinhamento da patela.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sedentarismo

Conforme enquete realizada neste blog, 40% dos internautas participantes, relatam praticar exercícios físicos 3 vezes por semana, 20% realizam de 1 á 2 vezes, 10% realizam 4 vezes e outros 10% praticam diariamente. No entanto 20% não praticam atividade alguma, sendo considerados sedentários.


O sedentarismo, associado a hábitos poucos saudáveis e dietas calóricas, aumenta as possibilidades de doenças. A tecnologia veio para facilitar a vida do homem. Mas, ao mesmo tempo deixou praticamente todas as pessoas mais preguiçosas. O controle remoto da TV evita que alguém se desloque até o aparelho para mudar de canal, aumentar e diminuir o som. O vidro elétrico, a direção hidráulica e o câmbio automático dos automóveis dão mais agilidade e conforto ao dirigir, porém, privam o motorista de esforçar-se para mudar as marchas, virar o volante e abrir e fechar os vidros.São pequenas mudanças da vida moderna, que estamos tão habituados que sequer percebemos que a cada dia ficamos mais acomodados. Esse processo vem ocorrendo há pelo menos meio século. O desenvolvimento tecnológico está afastando progressivamente o homem do movimento. Resultado: sedentarismo, doenças à vista...O corpo e o organismo do ser humano estão estruturados para se mexer. Sem movimentos os músculos atrofiam e ao longo dos anos, tarefas simples, como abaixar para pegar um objeto no chão, cortar as unhas dos pés, ou amarrar os cadarços dos sapatos tornam-se quase um desafio. Com articulações e músculos fora de forma, outras partes começam a reclamar. O coração é uma delas.Se comparado ao ritmo de vida de gerações passadas, a média de batimentos cardíacos por minuto, hoje, é menor que antes. E a conseqüência disso, entre outros problemas, é o elevado número de pessoas jovens com hipertensão, obesidade e cardiopatias. Sabe como reverter o quadro? Mexa-se. O ideal é começar a fazer alguma atividade física com o acompanhamento de um profissional. Mas se não tiver tempo ou dinheiro tente mudar seus hábitos no dia-a-dia. Desça do ônibus um ou dois pontos antes de seu percurso e complete-o caminhando; no escritório ou no apartamento suba pelo menos dois lances pela escada; deixe o carro na garagem ou estacione mais longe para poder andar mais; não pense tanto no controle remoto e desloque-se até o televisor para mudar de canal, etc. Essas são apenas algumas dicas para você que realmente quer cuidar de sua saúde, lembrando que este é apenas o primeiro e pequeno passo no combate ao sedentarismo.

domingo, 30 de maio de 2010

Síndrome do Túnel do Carpo

Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido a compressão, originando sintomas característicos que serão descritos adiante. Representa doença muito comum entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos; pode ocorrer com menor frequência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens. Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são frequentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não específicados tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor frequência podem exister doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo. O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia; nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.O tratamento para os casos de compressão leve (critério baseado no exame eletroneuromiográfico) pode ser inicialmente feito imobilizando-se o punho por "splints"; jamais o punho deve ser enfaixado pois pode piorar a compressão; também deve ser evitada qualquer medida fisioterápica nessa fase. Os "splints" são pequenas talas de material duro porém flexível que são colocados desde a mão até o antebraço e fixados com velcro, podendo ser facilmente retirados e colocados. Os remédios ou infiltrações no local podem ser utilizados, porém são sempre paliativos ou seja não resolvem o problema definitivamente. Nos casos em que o tratamento por imobilização falha ou naqueles nos quais o exame eletroneuromiográfico revela compressão mais grave do nervo devem ser submetidos à cirurgia. O objetivo da cirurgia é abrir o canal por onde o nervo passa, resolvendo o problema definitivamente na maioria dos casos. Quando o nervo fica comprimido muito tempo pode haver atrofia definitiva ("nervo atrofiado ou seco") com pouca recuperação mesmo após a cirurgia.

domingo, 16 de maio de 2010

Doença de LEGG-PERTHES-CALVÉ

A DLPC foi descrita quase simultaneamente por Legg nos Estados Unidos, por Perthes na Alemanha e por Calvé na França, no início do século XX. A doença de Legg-Perthes-Calvé (DLPC) é definida como uma necrose isquêmica ou avascular do núcleo secundário de ossificação da epífise proximal do fêmur durante o desenvolvimento da criança, podendo ocorrer desde os 2 aos 16 anos de vida, ocorrendo principalmente entre os 4 e 8 anos de idade sendo mais comum em meninos do que em meninas e unilateral em 90% dos casos. É uma doença autolimitante, caracterizada por necrose e reparação da epífise proximal do fêmur, ou seja, há a degeneração da cabeça do fêmur devido a um distúrbio na irrigação sanguínea, com regeneração subseqüente da cabeça do fêmur. Assim, após um surto de isquemia, de causa desconhecida, instala-se automaticamente o processo de reparação. A cura sempre ocorre, podendo, no entanto, chegar-se a ela com ou sem deformidade articular. Por ser uma articulação de suporte à carga, do tipo “bola e soquete”, deve-se prevenir e evitar que se estabeleça qualquer deformação cefálica residual, pois isso repercutirá fisiologicamente na sua longevidade biomecânica. Ainda não existe uma teoria única que explique a causa que leva à obstrução transitória da circulação da cabeça femoral. Dentre as possíveis causas, são citadas: trombose decorrente de fibrinólise (coagulopatia/trombofilia), aumento da viscosidade sangüínea, infartos de repetição, aumento da pressão hidrostática intracapsular (sinovite), alterações lipídicas, Influências genéticas, fatores nutricionais e ainda, alterações do hormônio de crescimento, tendo em vista a baixa estatura das crianças com a enfermidade. Assim, DLPC, quase um século após a sua descrição inicial, não tem causa conhecida e, por isso, é descrita como necrose avascular idiopática da cabeça femoral na criança. Os sintomas iniciais são: dor referida na virilha, na coxa ou no joelho (devido à irradiação do nervo obturatório) e claudicação, que podem ser relacionados com a atividade física, ou mesmo confundidos com trauma.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cervicalgia

Segundo enquete realizada neste blog, 50% dos internautas participantes responderam que, ao final do dia a região mais dolorida do seu corpo é a coluna cervical.

A coluna cervical, localizada na região posterior do pescoço, é composta por sete vértebras e é considerada o elo flexível entre o crânio e o tronco. Possui funções de suporte e movimentação da cabeça, além de proteção para as estruturas vasculares e do sistema nervoso.
Justamente por ser uma área de bastante mobilidade, a coluna cervical merece cuidados especiais, que proporcionem um adequado equilíbrio entre a flexibilidade e a força muscular do pescoço.É bastante freqüente a ocorrência de dores, tensões e rigidez no local onde está localizada a coluna cervical.
A cervicalgia (cervical = região do pescoço + algia = dor), cuida-se de uma queixa comum nos consultórios, sendo que dela podem decorrer desde pequenos desconfortos até dores muito fortes, ou mesmo, incapacitantes.
Em sua etiologia, isto é, no estudo das causas da cervicalgia, são encontradas diversas situações que podem ser reunidas em dois grupos principais: (1) problemas na estrutura da própria coluna cervical e (2) problemas nos tecidos corporais localizados em suas proximidades, mas, que, também, podem provocar dores, desvios posturais, desconfortos, estralidos e tensões na coluna cervical.
No primeiro caso (problemas relacionadas às estruturas da coluna cervical), destacam-se como fatores determinantes para o surgimento da cervicalgia a ocorrência de artroses, os problemas posturais, as hérnias de disco, as ossificações ligamentares, as más formações congênitas, as fraturas, a osteoporose e a meningite.
Já na segunda hipótese (alterações nas proximidades da coluna cervical), sobressaem disfunções na articulação temporomandibular (como o nome indica, é articulação localizada entre o osso temporal e a mandíbula), problemas de tireóide, alterações visuais, faringites e laringites.
Para manter a coluna cervical saudável, é essencial a adoção de alguns bons hábitos, tais como: alongar-se periodicamente, manter boas posturas corporais (principalmente no trabalho, nos estudos, ao assistir televisão e ao utilizar o computador), evitar carregar pesos exagerados e utilizar colchão e travesseiro adequados e de boa qualidade para dormir.
O tratamento da cervicalgia pode ser realizado de variadas formas, sendo normalmente indicados a Fisioterapia, o repouso, o auxílio medicamentoso, o uso de coletes e até mesmo, a depender do caso, intervenções cirúrgicas.
O fisioterapeuta dispõe de diferentes métodos de tratamento a serem empregados em conformidade com as exigências de cada situação concreta. Pode, por exemplo, utilizar aparelhos para combater a dor e a inflamação, aplicar terapias com calor local, realizar trações cervicais, prescrever exercícios de alongamento e de fortalecimento da musculatura implicada, elaborar programas de conscientização postural e utilizar técnicas de massoterapia.
Não obstante, são sempre desejáveis a avaliação e o acompanhamento realizado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, como por exemplo; Médicos, Fisioterapeutas e Dentistas. Bem assim, é primordial que o paciente assuma e cumpra o compromisso de seguir corretamente o tratamento prescrito.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pliometria


Atualmente o treino de força tem sido utilizado durante a fase de preparação especial em praticamente todos os esportes. A utilização dos exercícios resistidos surge, em parte, da necessidade de prevenir lesões decorrentes do treinamento ou competição, mas indubitavelmente sua maior aplicação está na necessidade de aprimoramento das capacidades musculares tais como: hipertrofia, força, velocidade, potência, etc. A pliometria é atualmente considerada o método mais eficiente para desenvolver e aprimorar determinadas valências físicas, tais como força, potência e velocidade. Esse método já é muito propagado mundialmente e faz parte do programa de treinamento de diversas modalidades esportivas, não só de esportes que utilizam saltos e arrancadas (voleibol, atletismo, futebol, lutas, etc), mas também de desportos cíclicos como ciclismo ou remo.O idealizador desse método foi o Professor Doutor Yury Verkhoshanski, uma das maiores autoridades mundiais em treinamento desportivo. Chamado por ele de método de choque, a pliometria surgiu no final dos anos 50 e rapidamente começou a ser difundida por todo mundo, uma vez que ótimos resultados haviam sido obtidos por Verkhoshanski, que na ocasião era o principal treinador de Moscou e da sociedade estudantil de atletismo russa.De acordo com Verkhoshanski, o método de choque (pliometria) é destinado ao desenvolvimento da força rápida e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular (VERKHOSHANSKI, 1998). O treinamento consiste em aprimorar a capacidade de realizar a reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica o mais rápido possível, possibilitando que os músculos aproveitem o potencial de tensão elástica da fase excêntrica e a somem à energia cinética da ação concêntrica, resultando em um aumento da capacidade de gerar força total. Em outras palavras, esse trabalho é caracterizado pelo estiramento rápido dos músculos colocados previamente em tensão, que desenvolvem um esforço potente e explosivo nesse momento. Existem várias formas de treinamento pliométrico, e o simples fato de saltar barreiras ou mesmo pular cordas pode ser considerado como pliometria. Entretanto os métodos mais conhecidos e eficientes são os saltos profundos e saltos com barra. O salto profundo consiste em cair de um banco ou plinto e saltar imediatamente, pode ser utilizado com o peso do próprio corpo e variando a altura do plinto, ou também com coletes para aumentar a carga. Salto com barra consiste em realizar saltos rápidos e consecutivos com uma barra nas costas. A pliometria é uma arma poderosa para desenvolver a potência muscular e pode ser engajada em qualquer modalidade que necessite de velocidade, força, explosão, saltos etc. Porém é importante salientar que existe o risco de lesões, e geralmente elas ocorrem pela falta de preparação muscular do desportista, volume de treinamento exagerado e uso de alturas de plintos incorretas ou mesmo pavimento e área de aterrisagem impróprios. Um estudo aprofundado do tema é necessário para poder prescrever de forma segura e eficiente um treinamento pliométrico.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Bandagem Funcional


A bandagem funcional é muito útil na prática fisioterapeutica, além de complementar diferentes abordagens de tratamento.
A bandagem funcional tem sido usada de varias formas como técnica de tratamento, mas somente nos últimos 20 anos tem sido usada, principalmente, como uma técnica de fisioterapia. Desde que Jenny McConnell(1986), começou a aplicar clinicamente as técnicas de bandagem, a quantidade de evidências que comprovam sua eficácia tem crescido substancialmente.
Novas técnicas de bandagem têm sido desenvolvidas, tais como: bandagem funcional, kinesio taping e outras técnicas na área desportiva.
A aplicabilidade clinica é muito ampla e pode ser usada no tratamento de disfunções neuro-musculoesqueléticasagudas e crônicas em todas as partes do corpo. Porém, deve-se ter em mente que a bandagem faz parte de um programa geral de reabilitação, não o substituindo.
Muitos atletas e fisioterapeutas desportivos usam a bandagem, não só como tratamento, mas como prevenção de lesões. É muito comum a aplicação da bandagem em atletas antes da atividade desportiva. A bandagem funcional, não é de uso exclusivo de atletas, mas para pessoas jovens e de idade avançada.
Como qualquer outra técnica de tratamento, o uso da bandagem somente será eficaz quando precedida por uma avaliação cuidadosa, por meio de raciocínio clinico e reavaliações contínuas.