sexta-feira, 9 de abril de 2010

Entorse de tornozelo

Etiologia
A combinação de velocidade e inércia, em terrenos irregulares como o campo, faz predominar as entorses de tornozelo em atletas de futebol. Embora haja um contato físico constante entre os atletas durante a atividade esportiva, as entorses laterais na maioria dos atletas, ocorrem de forma indireta(65%) que comprova que com um treinamento físico mais adequado e atuação preventiva diante das estatísticas apresentadas, há uma tendência de diminuir esse índice de lesões. Fatores de risco:
Fatores Intrínsecos: a) Dano prévio: lesões mal tratadas que podem levar á frouxidão ligamentar e déficit proprioceptivo, com conseqüente diminuição da força muscular levando á recidivas. b) Instabilidade: aumenta o risco de lesão em atletas com instabilidade patológica persistente.
c) Desequilíbrio de força muscular: medido pela relação de inversão elevada sobre a eversão, ou da flexão plantar sobre uma dorsiflexão pela maior potência da cadeia muscular posterior da perna sobre a anterior, determinando desequilíbrio.
d) Flexibilidade diminuída ou tensão do músculo: musculatura pobre em alongamento gera tensão, e associado á deficiência de habilidade motora dos movimentos da atividade esportiva á ser realizada predispõe á possíveis danos pelo tempo de reação especialmente longo.
Fatores Extrínsecos: a) Carga, intensidade e nível de treinamento: quando um destes itens é aplicado ao atleta acima do que ele pode suportar, não respeitando o seu limite biológico, torna-o susceptível á lesão.
b) Calçado: usando o exemplo do futebol, a relação chuteira- superfície- chuteiras de trava alta(alumínio) usada em gramados secos ou baixo, assim como chuteira de trava baixa(borracha) em campos de grama alta, combinados em fatores de tempo e temperatura(chuva),aumentam a instabilidade e diminuem o equilíbrio do atleta. Atletas que usam chuteiras de trava baixa apresentam um número significativamente menor de lesões no tornozelo, comparado ao que usam chuteiras de trava alta, pelo fato das chuteiras de trava baixa possuírem 13 apoios com altura entre 6 a 7 mm, trazendo maior estabilidade ao atleta, diferentemente das de trava alta, que oferecem apenas 6 apoios com altura média de 1,5 cm gerando aumento da instabilidade na articulação.

Incidência
A alta incidência das entorses de tornozelo nas práticas desportivas resulta da quebra de um movimento mediante ao papel que este desempenha com pivô na ação de correr e na necessidade de ser estável para exercer base de apoio das extremidades inferiores para correr, saltar e brecar o movimento. A entorse de tornozelo com índice de 13,6% ocupa o terceiro lugar após as lesões musculares(31,9%) e entorses de joelho(22%).
A prevalência quanto ao grau mostra que 70% ocorrem em grau I, 28,4% em grau II. Os atletas retornam ás práticas esportivas: 49% em até sete dias, 46% entre sete e trinta dias e 5% após trinta dias devido á cirurgia em grau III.
(Alcaide AR, Jr PEP. Entorse de tornozelo Rev. Fisio & Terapia 2004; 3(45): 27-30).

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